9 de janeiro de 2014

Governo do Amapá é forçado por decisão judicial a realizar mutirão de cirurgias

Justiça deu prazo de 30 dias para a realização dos procedimentos médicos. Governo diz que mutirão vai executar 170 cirurgias até 19 de janeiro


Depois de a Justiça Federal determinar a realização imediata de cirurgias ortopédicas nos hospitais estaduais de Emergência (HE) e de Clínicas Alberto Lima (Hcal), no Amapá, estipulando prazo máximo de 30 dias, o governo iniciou um mutirão que promete realizar 170 procedimentos de alta e baixa complexidade. A decisão foi expedida em 19 de dezembro de 2013 a pedido do Ministério Público Federal (MPF), e prevê multa pessoal diária de R$ 5 mil ao governador Camilo Capiberibe e à secretária de estado da Sáude Olinda Consuelo, no caso de descumprimento.
Luzian Kashuina, de 83 anos, espera por cirurgia há dez dias (Foto: Dyepeson Martins/G1)Luzian Kashuiana, de 83 anos, espera por cirurgia
há dez dias (Foto: Dyepeson Martins/G1)
O mutirão de cirurgias iniciou na terça-feira (7) e seguirá até 19 de janeiro. Os procedimentos, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), estão sendo executados no período noturno.
A paciente Luzian Kashuiana, de 83 anos, disse que aguarda há dez dias por uma cirurgia no fêmur direito. A neta da idosa, Eluana Kashuiana, de 27 anos, falou que recebe informações sobre a data em que a avó fará o procedimento médico. “Não sabemos nada aqui. Só esperamos”, lamentou.
O telefonista Moisés da Silva está internado há 11 dias esperando por uma cirurgia no joelho. Ele conta que dorme todas as noites no corredor do HE em um colchão comprado pela família. “Além de não sermos atendidos, a gente não tem nem onde dormir”, reclamou.
Secretária Olinda Consuelo diz que continuação de mutirão será avaliada (Foto: Abinoan Santiago/G1)Secretária de Estado da Saúde Olinda Consuelo
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
Segundo Olinda Consuelo, as cirurgias são classificadas de acordo com a gravidade dos pacientes, o que acaba ocasionado alguns atrasos. A secretária acrescentou que uma equipe formada por 10 médicos do HE e 8 do Hcal estão empenhados na realização dos trabalhos.
“Em torno de 70% dos pacientes citados na lista enviada pelo MPF já foram operados. (...) Demandas muito altas são difíceis de atender de forma imediata, mas estes pacientes estão sendo todos atendidos”, afirmou. “Estamos com o cronograma para operar todos e vamos iniciar com as cirurgias gerais”, reforçou Olinda, acrescentando que estão previstos mutirões também nos municípios de Amapá, Porto GrandeOiapoque e Santana.
Fonte: g1.globo.com

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